Recivil
Blog

União estável homoafetiva vai a votação suplementar

O projeto que permite o reconhecimento legal da união estável entre pessoas do mesmo sexo (PLS 612/2011) deve passar por nova votação nesta quarta-feira (15), a partir das 10h, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). O texto que legaliza a união estável homoafetiva, da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), já foi aprovado na semana passada, mas precisa ser submetido a um turno extra de votação por ser um substitutivo. Se aprovado na próxima reunião e não houver recurso para o Plenário, o projeto seguirá para a análise da Câmara.

 

Atualmente, o Código Civil reconhece como entidade familiar “a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família”. Com o projeto, a lei será alterada para estabelecer como família “a união estável entre duas pessoas”, mantendo o restante do texto do artigo.

 

No relatório, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) lembrou decisão de 2011 do Supremo Tribunal Federal (STF) que reconhece o direito à formalização da união entre casais homossexuais. No entanto, ele observou ser responsabilidade do Legislativo adequar a lei em vigor ao entendimento consagrado pelo STF.

 

São 32 itens na pauta, sendo dois relacionados a questões de gênero.

 

Injúria

 

Outro projeto em pauta é o que considera crime a injúria praticada por questões de gênero (PLS 291/2015).  Da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o projeto promove uma alteração no Código Penal. Atualmente, o código pune o ato de injuriar alguém, com ofensas à dignidade ou ao decoro da vítima, com detenção de um a seis meses ou multa. A proposta inclui a questão de gênero justamente no dispositivo que estabelece como agravante do crime o uso de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou condição de pessoa idosa ou com deficiência. Nesses casos, a pena é de um a três anos de reclusão mais multa.

 

A relatora, senadora Marta Suplicy, é favorável ao projeto. No relatório, Marta aponta que “com a extensão da condição agravante às mulheres que, pelo simples fato de serem mulheres, são frequentemente ofendidas, espera-se desestimular a prática desse delito que gera grande indignação e se constitui numa verdadeira violência moral contra as mulheres”.

 

A senadora ainda propôs uma emenda estendendo a circunstância qualificadora prevista para o crime de injúria aos preconceitos em razão da orientação sexual ou identidade de gênero. Marta entende que essa previsão pode ajudar a diminuir prática desse delito contra toda a comunidade de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais. A matéria tramita em caráter terminativo e, se aprovada, seguirá para a análise da Câmara dos Deputados.

 

Leia mais: 

Comissão de Justiça do Senado aprova união estável entre pessoas do mesmo sexo

 

 

Fonte: Agência Senado

 

 

Posts relacionados

Arpen-Brasil visita senador Antonio Anastasia em Belo Horizonte (MG)

Giovanna
9 anos ago

Aviso nº 33/CGJ/2015 – Avisa sobre datas e locais das reuniões preparatórias da Etapa VI do cronograma de expansão da implantação do Selo de Fiscalização Eletrônico

Giovanna
10 anos ago

Uso de imóvel em comodato não entra em conta de inventário, confirma Terceira Turma

Giovanna
7 anos ago
Sair da versão mobile