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Parlamento britânico aprova legalização do casamento gay

O Parlamento britânico votou em peso nesta terça-feira pela legalização do casamento homossexual, mas a autoridade do primeiro-ministro David Cameron sobre sua bancada saiu abalada da votação, que dividiu o seu Partido Conservador.

Na primeira de várias votações necessárias para a aprovação do projeto, a Câmara dos Comuns (deputados) aprovou a medida por 400 a 175 votos. No entanto, mais de metade dos 303 parlamentares conservadores votaram contra ou se abstiveram, sinalizando profunda insatisfação com o projeto e com a liderança de Cameron.

Durante um debate que durou mais de seis horas, muitos parlamentares conservadores disseram que o casamento homossexual é moralmente errado, não é uma prioridade e cria uma divisão desnecessária.

O deputado Gerald Howarth disse ao Parlamento que o governo não tinha legitimidade para impor uma "enorme mudança social e cultural". "Isso não é uma evolução, é uma revolução", acrescentou outro deputado conservador, Edward Leigh, acrescentando que o casamento é "por sua natureza uma união heterossexual".

Embora o resultado tenha sido favorável a Cameron, muitos analistas consideram que ele precisará agora encarar a profunda insatisfação que permeia seu partido. Logo antes da votação, o premiê fez uma declaração televisiva argumentando que o casamento homossexual irá fortalecer a sociedade.

"Acredito fortemente no casamento. Ele ajuda as pessoas a se comprometerem mutuamente e acho que é por isso que os gays deveriam ser capazes de se casar também", afirmou. Mais tarde, ele saudou o resultado da votação como "um passo à frente para o nosso país".

Cameron está buscando um tênue equilíbrio entre seu desejo de mostrar um caráter mais progressista do seu partido e a necessidade de respeitar as opiniões de muitos conservadores insatisfeitos com essa medida.

Em meio a rumores sobre uma possível contestação à liderança de Cameron, muitos parlamentares conservadores dizem que o premiê está sacrificando valores básicos do seu partido no altar do populismo.

"Ele não tem muito capital político sobrando no banco", disse à Reuters, antes da votação, o deputado Stewart Jackson, que era contra o projeto. "Ele precisa oferecer muito em breve algumas autênticas políticas conservadoras."

Recentemente, vários parlamentares conservadores publicaram artigos citando a possibilidade de deporem Cameron da liderança partidária. Analistas dizem, porém, que é muito improvável que isso ocorra antes da próxima eleição geral, em 2015.

 

Fonte: Terra

 

 

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