Recivil
Blog

OAB irá ao Supremo contra aumento das custas judiciais no Paraná

Ordem dos Advogados diz que índice de 34%, em vigor desde fevereiro, deve ser reduzido pela metade.

A medida foi revogada liminarmente pela conselheira Morgana Richa, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ao atender um pedido de providências da OAB-PR e o deputado Tadeu Veneri (PT). Em seguida, Kfouri revogou o aumento de 45% e confirmou o reajuste de 34%.

Mas, segundo a OAB, falta o TJ aplicar o redutor. A Lei Estadual n.º 16.741/10 afirma que o VRC é de R$ 0,141. Porém, o parágrafo primeiro da legislação determina que o  percentual de reajuste a ser aplicado (…) vigorará com redução de 50% a partir de 1º de janeiro de 2011.

O assunto não está encerrado. Está em vigor um índice maior do que foi aprovado pelos deputados , argumenta o presidente da Caixa dos Advogados da OAB-PR, José Augusto Noronha.  É uma ação necessária , opinou Veneri.

O presidente da Comissão Tributária da Ordem e responsável por montar a ação, Leonardo de Paola, disse que ação deve ficar pronta até o fim deste mês e a OAB estuda se irá ingressar no Supremo Tribunal Federal ou no próprio TJ.  O fundamento [da contestação] é o próprio texto da lei , disse o advogado.

Defasagem 

Por outro lado, o presidente da Associação dos Notários e Registradores do Paraná (Anoreg-PR), Robert Jonczyk, afirma que o valor das custas extrajudiciais tem uma defasagem de aproximadamente 23% atualmente. Ele explicou que houve apenas dois reajustes na última década, um em 2003 e outro neste ano.  Não existe aumento, mas reposição inflacionária , argumenta.

Jonczyk completa que a associação deve se opor à ação da OAB e promete tentar manter o reajuste de 34%.  Teremos que tomar alguma medida para manter o índice, porque perder isso é inviável.  Para o cartorário, a confusão envolvendo a aplicação do o porcentual de reajuste prejudicou o setor, que reúne 1.200 serventias e cerca de 4 mil empregados.  Tem pessoal que deu aumento (de salário aos funcionários) a partir do reajuste (de 45%). Depois o TJ voltou atrás.

O corregedor do TJ-PR, desembargador Noeval de Quadros,   responsável pela gestão dos cartórios no estado   foi procurado para falar sobre o assunto, mas preferiu não dar entrevista.

 

Fonte: Gazeta do Povo

 

Posts relacionados

Certidão negativa de débitos não pode ser exigida para lavrar escritura

Giovanna
12 anos ago

Decisão inédita do STJ reacende debate em torno do abandono afetivo

Giovanna
12 anos ago

Evento reúne cartórios para debater proteção de dados e erradicação do sub-registro

Giovanna
4 anos ago
Sair da versão mobile