Recivil
Blog

Clipping – Minas tem mais casais felizes – Jornal Estado de Minas

O casamento está prestigiado em Minas Gerais. Mais noivos disseram sim ao juiz de paz e menos casais se divorciaram, entre 2005 e 2006, como mostra o levantamento divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) sobre registros civis. O estudo mostra que a união formal aumentou 2% no período, de 97.648 para 99.661, e a quantidade de pessoas que quebraram a promessa do “felizes para sempre” caiu 6%, de 16.302 para 15.335.

No Brasil, porém, o percentual de casamentos (6,5%) foi maior que o de Minas: de 835.846 para 889.828. Por outro lado, ao contrário do que ocorre no estado, o percentual daqueles que desistiram de uma vida a dois subiu 7,7%: de 150.714 para 163.683 divórcios. Em média, a mulher sobe ao altar com 25,4 anos. Já o homem deixa a vida de solteiro aos 28,3 anos.

A comparação entre as estatísticas nacionais e estaduais é um indicativo de que, na teoria, os mineiros são mais felizes no amor. É assim que se sentem o piloto de automobilismo Bruno Junqueira, de 31 anos, e a arquiteta Luciana Gontijo, de 28, que formalizaram a união no civil em agosto. Amanhã, vão trocar alianças numa igreja da capital. “Um amigo em comum nos apresentou em 2003. O grande ponto do nosso relacionamento é um completar o outro”, diz Junqueira. A ida ao cartório já trouxe sorte ao corredor da Champcar (antiga Fórmula Indy), disputada nos Estados Unidos, pois ele não ia bem na competição e, desde o compromisso no civil, subiu ao pódio três vezes seguidas.

Marcelo Sant`Anna/EM
Os empresários Reginaldo Proti e Cláudia começaram a namorar em 1979 e se casaram em 1985: união marcada pelo companheirismo e lealdade



A pesquisa do IBGE também revela que o número de homens e mulheres que dizem sim ao juiz de paz cresce consideravelmente desde 2002. Os pesquisadores atribuem o aumento a vários fatores, como a ampliação de cartórios no interior, a redução do custo das certidões e os casamentos coletivos. Estes ocorrem, principalmente, para formalizar a união de pessoas que já vivem juntas, mas têm dificuldade financeira para realizar a cerimônia. A questão de verba é tão séria que, nos últimos anos, dezembro roubou de maio o título de mês das noivas. “Marido e mulher aproveitam o 13º salário”, explica o gerente de Estatísticas Vitais do instituto, Cláudio Crespo.

Ele acrescenta que o índice de casamentos entre solteiros ainda é maior no país (85,2% das uniões), mas o percentual caiu em relação à estatística de 10 anos atrás (eram 90,9% em 1996). Isso quer dizer que muitos divorciados voltam ao juiz de paz, pois não desistem da vida a dois com outra pessoa. Segundo o IBGE, 38,8% dos brasileiros que se divorciaram tinham filhos menores e 89,2% das mães ficam com a guarda das crianças ou adolescentes.

Os empresários Reginaldo Proti, de 45 anos, e Cláudia, de 43, proprietários de um restaurante, asseguram que jamais farão parte desse grupo. Carinhosos um com o outro, eles alimentam a amizade, o companheirismo e a lealdade desde 1979, quando se conheceram numa praça do Bairro Santa Cruz, na Região Nordeste. Lá se vão 29 anos entre namoro, noivado e casamento. As alianças foram trocadas em 1985. “Ela só me deu alegria. Tudo o que temos conquistamos juntos, como o restaurante, onde ganhamos a vida. Tenho muito a agradecê-la”, declara Proti. Eles têm dois filhos, Douglas, de 22 anos, e Patrícia, de 17.

O casal até que gostaria de ter mais filhos, mas segue o planejamento familiar. Essa decisão ajuda a explicar outro ponto da pesquisa: a queda do número de registros de nascimento no Brasil, de 2.874.753 para 2.799.128. Em Minas, também houve recuo: de 279.305 para 269.033. O resultado é reflexo da queda da taxa de fecundidade, devido aos métodos anticoncepcionais, mas também pela programação feita por marido e mulher. Muitas só pretendem se casar ou ter filhos depois de vencer no mercado de trabalho. Em contrapartida, se casam mais tarde do que suas mães e, principalmente, avós.

A relações-públicas Daniele Dutra, de 26 anos, é uma profissional que sonha com o sucesso na carreira. Solteira, ela diz que só terá tempo para encontrar um namorado depois que se estabelecer financeiramente. “Pretendo fazer pós-graduação no próximo ano. Tenho intenção de me casar. Porém, quando conquistar a independência financeira”, reforça.

Emmanuel Pinheiro/EM
Bruno Junqueira, que é piloto de automobilismo nos Estados Unidos, e a arquiteta Luciana se casaram no civil e, amanhã, sobem ao altar em BH


VIOLÊNCIA O levantamento do IBGE também inclui os registros de óbitos. Nesse indicador, a pesquisa mostra a taxa de mortes violentas em relação ao total de pessoas que perderam a vida por qualquer motivo. Entre os homens: 15% dos óbitos tiveram como causa um motivo violento, como arma de fogo ou espancamento. Em Minas, o índice foi de 12,4%, o quarto menor do país, mas ainda considerado elevado.

“Em 1990, cerca de 60% dos óbitos masculinos ocorridos na faixa etária de 15 a 24 anos estavam relacionados a causas violentas. Esse resultado aumenta ao longo de toda a década e início da atual, chegando em 2002 a atingir uma proporção de 70,2%, passando para 67,9% em 2006. Apesar da tendência de declínio observada a partir de 2002, as taxas sobre mortalidade por violência, particularmente entre os homens, são elevadas”, concluiu o IBGE.

 

Fonte: Jornal Estado de Minas

Posts relacionados

Pai Presente garante 5.160 reconhecimentos de paternidade no Ceará

Giovanna
11 anos ago

Juiz do Rio de Janeiro homologa acordo em Ação de Divórcio Consensual e Declaratória de Multiparentalidade

Giovanna
9 anos ago

CGJ-MA elabora Provimento que institui Malote Digital para serventias extrajudiciais

Giovanna
12 anos ago
Sair da versão mobile