Recivil
Blog

Casamento comunitário homoafetivo cria polêmica em Guarulhos (SP)

Após diversas discussões, o projeto de lei que cria o casamento comunitário homoafetivo  anualmente no segundo domingo de junho com recursos da Prefeitura de Guarulhos não foi votado no dia 10 de maio na Câmara Municipal por falta de quórum. O texto volta à pauta na próxima semana.

O projeto da vereadora Eneide de Lima (PT) prevê que casais homossexuais pobres possam se unir em cerimônia organizada pelo poder público. Ela diz que a legislação garante o mesmo direito para os heterossexuais em maio.

Vereadores evangélicos se mostraram contrários à proposta da petista. “Isso vai contra a palavra de Deus, pois altera o padrão de família defendido na bíblia”, diz Novinho Brasil (PTN).

A vereadora Helena Sena (PSC) também disse que o cristianismo não aceita o casamento homossexual.

Novinho afirma ainda que igrejas serão obrigadas a aceitar cerimônias de gays, mesmo sendo contrárias à união homoafetiva. “Se isso for aprovado cabe ao prefeito, que os evangélicos apoiaram, assumir a responsabilidade”, propondo que o prefeito Sebastião Almeida (PT) vete o texto.

Eneide defende que a discussão não se paute por temas religiosos. “Temos de separar religião de política”, comenta. O pastor Wladimir Freira, 49, da Comunidade Cristã Nova Esperança, que aceita a prática do homossexualismo, acompanhou o debate e diz que há muito preconceito com os gays.

“A relação homossexual não é condenada pela bíblia se é fruto de manifestação do amor”, diz.

Vereadores muçulmano e evangélico se defrontam

Em discurso na tribuna da Câmara Municipal ontem, o vereador Novinho Brasil (PTN) criticou o islamismo ao se posicionar contrário à aprovação do casamento comunitário homoafetivo em Guarulhos. A posição dele criou um embate com o vereador Lamé Smeili (PT do B), que é muçulmano.

Novinho disse que “quem lê o Alcorão (livro sagrado para os muçulmanos) vira kamikase, se prepara 15 anos para explodir pessoas em nome de Alá achando que vai para o Paraíso”. Ele diz que Alá (nome de Deus para os muçulmanos) não é o Deus.

Smeili discutiu com Novinho no plenário por três vezes depois disso. O muçulmano diz que os verdadeiros seguidores do Alcorão não matam pessoas.

“Esse tipo de pensamento [do Novinho] tem de ser reprimido porque não contribui com uma sociedade feliz e fraterna”, diz.

 

Fonte: Folha Metropolitana

 

 

 

Posts relacionados

Sorteada ordem de arguição da prova oral do concurso para serventias extrajudiciais do DF

Giovanna
11 anos ago

Já estão abertas as inscrições ao concurso público para cartórios em Santa Catarina

Giovanna
7 anos ago

Clipping – Governo federal mapeará população cigana – Jornal Tribuna de Minas

Giovanna
12 anos ago
Sair da versão mobile