Quem casa quer casa, diz o ditado. Com Maria de Lourdes Azevedo Dunham, porém, não deu certo. Por conta de um nome diferente digitado pelo tabelião na sua certidão de casamento, emitida pelo Oficial do Registro da 1ª Zona Judiciária do município de Niterói (RJ), e uma segunda falha — determinada pela primeira — na emissão da carteira de identidade pelo Detran-RJ, Maria se viu acusada do crime de falsidade ideológica, o que acabou lhe custando a perda dos benefícios do Aluguel Social e do Bolsa Família, programas de transferência de renda, respectivamente, do estado do Rio e do governo federal. Enquanto o primeiro destina-se a famílias removidas de áreas de risco ou desabrigadas, e paga, por um tempo determinado, cerca de R$ 500, o segundo, dirigido a famílias em situação de pobreza, pode chegar a R$ 300. Pelo transtorno causado, o cartório de Niterói foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro a indenizá-la por dano moral, no valor de R$ 6 mil.
Siga nossas redes sociais